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EUA ignora problemas domésticos e prioriza interferências externas

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Joe Biden durante discurso na Casa Branca, sede do governo norte-americano/Arquivo/Casa Branca

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Há um ano do pleito, o que se percebe é um clima instável que impede qualquer previsão sobre os resultados eleitorais

Por Marcelo Rech – DF

Em 5 de novembro de 2024, os EUA elegerão o seu 47º presidente em sua 60ª eleição presidencial. Por enquanto, apenas Joe Biden, o atual chefe da Casa Branca, está confirmado na disputa. O Partido Republicano segue com o seu processo de primárias que irá definir o opositor do democrata.

Em agosto deste ano, eram 17 os nomes republicanos. Nos meses de julho e agosto do próximo ano, os partidos confirmarão os seus candidatos. Donald Trump continua sendo o nome mais forte entre os republicanos, mas ele depende da Justiça para poder brigar novamente pelo cargo.

Há um ano do pleito, o que se percebe é um clima instável que impede qualquer previsão. A baixa popularidade de Joe Biden, somada aos problemas jurídicos de Trump, mais um Congresso dividido, faz com que cheguemos ao final de 2023 sem nenhum favorito.

Biden foi eleito para fazer uma administração diferente daquela exercida por Trump, mas preferiu dar continuidade à antiga tradição de interferências nos assuntos internos dos demais países, sempre com o objetivo norte-americano de impor os seus “valores democráticos”.

Tal política conduziu os EUA à uma forte recessão da democracia e o que se vê, é uma divisão cada vez maior da sociedade norte-americana. Os dominantes “americanos brancos com ensino superior” no Partido Democrata, não foram capazes de resolver os problemas socioeconômicos, por exemplo, do maior grupo eleitoral integrado por “pessoas de pele colorida sem ensino superior”.

Por conta disso, os crimes de ódio racial tornaram-se frequentes nos EUA. Ao mesmo tempo, os latinos se mostram determinados a usar as diferenças raciais a seu favor. Organizações pró-mexicanas têm promovido a ideia de devolução ao México, das terras roubadas pelos EUA.

Além disso, têm reivindicado os mesmos benefícios que os negros cobram da Casa Branca. O resultado disso? Gangues cada vez mais violentas e especializadas, se confrontando permanentemente. Somado a esse “terreno fértil”, está o problema migratório que Biden não solucionou.

Por outro lado, de forma mais ampla, a sociedade norte-americana questiona as despesas multimilionárias bancadas pelo dinheiro do contribuinte, para sustentar a guerra no Leste Europeu. Insatisfeitos com a situação econômica, o norte-americano médio não entende as razões pelas quais Washington insiste em sustentar o regime de Kiev.

O cenário ideal, não apenas para a sociedade norte-americana, mas de todo o mundo, seria que os EUA se concentrassem mais nos seus próprios problemas internos, inclusive pelo peso econômico que o país tem e os impactos negativos que essa negligência pode produzir em nível global. A dívida interna dos EUA, já supera os US$ 34 bilhões, enquanto as taxas de inflação e desemprego, passam dos 4%.

Diante desse cenário e do estado geral de tensão da população, parece lógico supor que, para as próximas eleições, um candidato que tenha como objetivo principal resolver os problemas econômicos e sociais, receberá um apoio maior.

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