Ícone do site Misto Brasil

Mina afunda 53 cm por dia e justiça determina novas realocações de moradores

Alagoas Maceió bairro mina Brasken Misto Brasil

Área demarcada onde há risco de desmoronamento por conta de uma mina/Reprodução Defesa Civil

Compartilhe:

Nesta sexta-feira deverá acontecer uma audiência pública à tarde. A reunião foi convocada pelo Ministério Público, que abriu inquérito civil

Por Misto Brasil – DF

A mina de número 18 da Braskem localizada no bairro do Mutange, na capital alagoana, está afundando 53 cm por dia. A informação é da Defesa Civil de Maceió. De acordo com o órgão, nas últimas 48 horas o subsolo da região já afundou 1,10m, a uma velocidade média de dois centímetros por hora.

“Diante da deformação que tínhamos antes, de 26 cm por ano, é uma variação muito alta”, alertou. Pelo menos 5 mil pessoas estão sendo afetadas.

Uma audiência foi marcada para esta sexta-feira (01), às 16 horas, para que a empresa Brasken preste esclarecimentos.

Leia – Maceió tem novo sismo e Defesa Civil fala em risco iminente de colapso de mina

A Justiça Federal determinou ontem (30) que novos imóveis sejam incluídos no mapa de realocação, que prevê a retirada das famílias da área com risco de afundamento do solo por causa da mineração realizada durante décadas pela Braskem em Maceió, publicou o g1 de Alagoas.

O problema começou em 2018. Desde então, mais de 14 mil imóveis foram desocupados em cinco bairros da cidade, mas algumas dezenas de famílias ainda permaneciam na borda da área de risco.

Na quarta (29), com a possibilidade de colapso iminente na mina de número 18, no Mutange, a Prefeitura de Maceió declarou situação de emergência por 180 dias.

A Defesa Civil de Maceió divulgou um novo mapa de realocação, elaborado em conjunto com a Defesa Civil Nacional, com o apoio técnico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O mapa inclui os 23 imóveis do bairro Bom Parto, objeto da decisão judicial.

A Braskem comunicou aos acionistas e ao mercado financeiro, na tarde desta quinta-feira (30), que foi intimada da decisão judicial que a obriga a incluir novas áreas de Maceió – atingidas pelo afundamento do solo – no plano de compensação financeira. O valor atribuído pelos autores da ação é de R$ 1 bilhão, segundo informou a GazetaWeb.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou, ontem um inquérito civil para investigar os riscos a que estão sendo submetidos os trabalhadores da Braskem na região do Mutange.

O órgão recomendou que a mineradora retire todos os funcionários da área de risco.

Sair da versão mobile