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Novo presidente da Guatemala toma posse após horas de tensão

Guatemala posse Bernardo Arévalo Misto Brasil

Gustavo Arévalo tomou posse como presidente da Guatemala/Divulgação/PR

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Bernardo Arévalo foi empossado como o novo presidente depois que o Congresso tentou impedir a transferência de poder

Por Misto Brasil – DF

O presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, tomou posse nesta segunda-feira (15), no Teatro Nacional da capital do país, após várias horas de atraso e ameaça de adiamento da posse pelo Congresso guatemalteco, que é controlado por aliados do então presidente em exercício, Alejandro Giammattei.

A Constituição da Guatemala estabelece que o Congresso deve empossar o novo presidente até as 16h00 locais (19h00 de Brasília).

Entretanto, no momento em que a posse de Arévalo e da vice-presidente eleita, Karin Herrera, às 15 horas, hora local, deste domingo, a primeira sessão ainda não havia começado, aumentando o temor de que os oponentes de Arevalo estivessem tentando sabotar a transição de poder.

Bernardo Arévalo foi empossado como o novo presidente da Guatemala depois que o Congresso tentou impedir a transferência de poder atrasando a cerimônia de posse por mais de nove horas, enquanto milhares de manifestantes nas ruas exigiam que Arévalo fosse autorizado a assumir o cargo.

Na posse estiveram presentes líderes internacionais, como a presidente hondurenha, Xiomara Castro, o presidente colombiano, Gustavo Petro, e o vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin.

“A democracia mostrou sua força na Guatemala, e o respeito pelo resultado sufragado nas urnas beneficia toda nossa região”, escreveu o vice-presidente brasileiro na rede social “X”.

O anúncio de adiamento da sessão provocou reações imediatas: milhares de pessoas marcharam em direção ao parlmento para exigir a posse de Arévalo. As manifestações geraram confrontos entre civis e militares.

Em um chamado internacional unificado, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, acompanhado de outros chefes de Estado e seus representantes, entre eles, o vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin, além do alto representante da União Europeia, Josep Borrell, e do secretário-geral ibero-americano, Andrés Allamand, solicitaram que o Congresso do país cumprisse com seu mandato constitucional de entregar o poder a Bernardo Arévalo.

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