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Estados Unidos reforçam a defesa para o Oriente Médio

Ucrânia manobras militares porta-aviões Misto Brasília

Porta-aviões são máquinas de guerra de máquina mobilização/Arquivo/Der Spiegel

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Iranianos disseram a vários governos árabes que veem os EUA como responsáveis pelo ataque israelense que matou sete pessoas

Por Misto Brasil – DF

Nesta sexta-feira (12), um oficial de defesa dos Estados Unidos (EUA) disse à Sputnik que os militares norte-americanos transferiram recursos adicionais para o Oriente Médio, a fim de reforçar a dissuasão e a proteção da força antes de um ataque retaliatório iraniano contra Israel.

“Estamos transferindo recursos adicionais para a região para reforçar os esforços regionais de dissuasão e aumentar a proteção das forças dos EUA. Não temos outras informações a acrescentar neste momento”, disse o funcionário quando questionado sobre relatos de que o porta-aviões USS Dwight Eisenhower está navegando para o norte através do mar Vermelho em uma demonstração de dissuasão.

A amizade “sem linhas vermelhas” para qualquer ação israelense faz com que os EUA também se tornem alvo de uma possível retaliação iraniana tanto pelo conflito na Faixa de Gaza, e os norte-americanos sabem disso.

Ontem (11), tanto a Casa Branca quanto o Departamento de Estado voltaram a declarar novamente que os Estados Unidos não sabiam do ataque israelense na Síria.

O Departamento de Estado, por meio de ligações do secretário Antony Blinken, pediu intervenção à Turquia, China e Arábia Saudita na comunicação com o Irã ao solicitar a “dissuasão” do lado iraniano.

Irã acusa os Estados Unidos

De acordo com três fontes ouvidas pela Axios nos últimos dias, os iranianos disseram a vários governos árabes que veem os EUA como responsáveis pelo ataque israelense que matou sete pessoas

No ataque também morreram dois membros do Corpo da Guarda da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) em Damasco, na madrugada do dia 5 para 6 de abril.

A mensagem de Teerã era que se os EUA se envolvessem após uma retaliação, as bases estadunidenses na região seriam atacadas, independentemente dos esforços de Washington para se distanciar do conflito através de declarações de diversas autoridades estadunidenses.

“A mensagem iraniana era que atacaríamos as forças que nos atacam, por isso não brinquem conosco e não mexeremos com vocês”, disse uma autoridade norte-americana.

O aviso é parecido com um divulgado pelo próprio governo iraniano na semana passada, no qual Mohammad Jamshidi, vice-chefe de gabinete do presidente iraniano Ebrahim Raisi, disse no X (antigo Twitter) que “os EUA deveriam se afastar para não serem atingidos”.

Segundo Jamshidi, Washington “pediu ao Irã que não atingisse alvos norte-americanos”.

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