A entidade lamenta que o Brasil não tenha condenado o ataque do Irã, como fixeram outros países
Por Misto Brasil – DF
O Instituto Brasil-Israel (IBI) lamentou a nota emitida pelo governo na noite de sábado (13), acerca do ataque direto cometido pelo Irã à Israel, no mesmo dia.
O texto do governo do Brasl não condena o ataque, mas afirma que “acompanha com preocupação” o relato na região. E afirma também que alertou sobre as hostilidades entre os países do Oriente médio.
“O governo brasileiro mais uma vez escolhe o caminho do abrandamento e suscita dúvidas sobre o que se passou nesse dia”.
A nota lembra que “diversas potências democráticas como os Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha condenaram os ataques”.
“O governo brasileiro, infelizmente, preferiu abdicar de uma posição firme, não condenou os ataques”.
A nota do instituto
Neste sábado, 13, o governo brasileiro perdeu a oportunidade de condenar um ataque flagrantemente ilegal que pode elevar a instabilidade regional a níveis imprevisíveis. Durante a madrugada, famílias israelenses viram angustiadas mais de 300 drones e mísseis serem lançados pelo Irã rumo ao seu país.
Numa ação sem precedentes, Israel foi diretamente atacada pelo Irã. Diversas potências democráticas como os Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha condenaram os ataques. Vizinhos como a Argentina, o Chile, o Paraguai e o Uruguai também o fizeram. A União Europeia e a Organização dos Estados Americanos se pronunciaram de maneira firme.
O governo brasileiro, infelizmente, preferiu abdicar de uma posição firme, não condenou os ataques, não se solidarizou com as famílias israelenses e optou por dar margem para dúvidas sobre o que se passou nesse dia 13, ao registrar que “acompanha com grave preocupação relato de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel”. Sob os olhos do mundo, não pairam dúvidas sobre o acontecido.
Em suma, o governo brasileiro – que deseja participar de negociações que levem a uma paz duradoura na região, perdeu, mais uma vez, a oportunidade de compartilhar palavras firmes, justas e apaziguadoras.
Esperamos que os profissionais experientes que lideram a diplomacia brasileira saibam, no futuro, adotar posturas mais equilibradas diante da realidade triste e complexa que assola a região.