Em meados desta semana, as manifestações aconteciam em dezenas de campi em todo o país e se estenderam até o fim de semana
Por Misto Brasil – DF
Na madrugada de quarta-feira, 17 de Abril, um pequeno grupo de estudantes armou as suas tendas na Universidade de Columbia, manifestando-se contra a ação militar israelita em Gaza.
E apelou à sua universidade para parar de fazer negócios com empresas que consideram apoiar a guerra, registrou a BBC News..
Fizeram-no enquanto Minouche Shafik, presidente da Columbia, se dirigia ao Capitólio para enfrentar uma interrogação do Congresso sobre o anti-semitismo no campus e como ela o estava a enfrentar.
Em quase quatro horas de interrogatório naquela quarta-feira, ela defendeu ações que já estava tomando. Os estudantes, disse ela, estavam “recebendo a mensagem de que as violações de nossas políticas terão consequências”.
Na tarde seguinte, o presidente da Columbia tomou uma decisão que desencadearia um incêndio de protestos nas faculdades dos Estados Unidos.
A onda de protestos também contribui para um momento politicamente estressante para o presidente Joe Biden, que tem sido criticado por alguns pelo apoio de seu país a Israel, enquanto faz campanha pela reeleição.
Os estudantes no campo de protesto estavam invadindo o local, recusaram-se a sair e criaram um “ambiente de assédio e intimidação” para muitos dos seus colegas, disse ela.
Em meados desta semana, as manifestações aconteciam em dezenas de campi em todo o país e se estenderam até o fim de semana: a polícia dos EUA disse no sábado que havia encerrado outro protesto na Northeastern University, em Boston, prendendo cerca de 100 pessoas.
Os estudantes de Columbia desencadearam um movimento nacional.
A raiva dos estudantes sobre a forma como Israel está a travar a sua guerra contra o Hamas levantou questões delicadas para os líderes universitários, que já estão a debater-se com debates acalorados nos campi em torno do que está a acontecer no Médio Oriente.