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Laboratório de universidade monitora ocorrência de serpentes

Cobra Coral Cerrado DF Misto Brasil

Cobra coral que também é encontrada no bioma do cerrado/Luis F. C. Lima/UCB

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A professora do curso de Biologia da UCB e zoóloga Nathalie Citeli, explica que há duas grandes linhas no monitoramento

Por Misto Brasil – DF

O Laboratório de Coleções Zoológicas do curso de Ciências Biológicas da Universidade Católica de Brasília (UCB) é responsável pelo Monitoramento de Serpentes do Distrito Federal.

O projeto tem como objetivo mapear os locais de ocorrência e de maior número de encontros, em qual período do ano há mais registros, as espécies mais encontradas, entre outros indicadores por meio da ciência cidadã.

A ideia é elaborar estratégias de educação ambiental e conservação das espécies de cobras.

A professora do curso de Biologia da UCB e zoóloga Nathalie Citeli, explica que há duas grandes linhas no monitoramento do projeto: de indicador de qualidade ambiental e de saúde. “Monitorar as espécies de serpentes significa monitorar os indicadores de qualidade ambiental.

Algumas espécies são muito exigentes e só vão ocorrer quando esse ambiente estiver bom, que significa estar bom para nós humanos também, como ter água limpa, ar mais puro e temperatura mais agradável”.

O Ministério da Saúde considera algumas espécies importantes para a Medicina. Por isso é importante ter dados sobre onde essas espécies estão com maior abundância e traçar estratégias para diminuir a chance de incidentes.

“Isso nos ajuda a fazer um planejamento para a distribuição do soro antiofídico, usado para picada de cobras. Locais onde temos mais corais verdadeiras, jararacas e cascavéis, por exemplo, nos indica onde precisamos ter mais soros de cada uma dessas espécies”, complementa Nathalie.

Perto de completar um ano, os pesquisadores querem incentivar que mais cidadãos colaborem com o envio de registros. A Ciência Cidadã consiste na parceria entre amadores e cientistas na coleta de dados para a pesquisa científica.

Qualquer pessoa em qualquer lugar pode submeter as suas informações por meio de aplicativos e celulares com acesso à internet. Essa colaboração voluntária possibilita registros sobre padrões ecológicos das espécies, novas ocorrências, tendências populacionais e monitoramento de alterações na paisagem e mudanças climáticas.

Os dados brutos utilizados no monitoramento realizado pelo projeto da Católica são enviados por cidadãos do DF. Também atuam como fonte alguns parceiros como o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), Batalhão de Polícia Militar Ambiental e Coleções Científicas

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