Ícone do site Misto Brasil

Deputados criticam na Câmara saúde pública no Distrito Federal

Deputado federal Reginaldo Veras DF Misto Brasília

Deputado Reginaldo Veras é do PV do Distrito Federal/Arquivo/Agência Câmara

Compartilhe:

Parlamentares do Distrito Federal lamentaram a situação da rede pública e a transferência do Hospital da PM para o Iges é criticada

Por Misto Brasil – DF

A crise na saúde pública no Distrito Federal repercutiu hoje (05) no plenário da Câmara dos Deputados, com manifestações dos parlamentares que representam a capital.

Os comentários surgiram com a notícia do protocolo da CPI da Saúde na Câmara Legislativa, mas que tem poucas chances de prosperar. Apesar disso, o PDT reúne assinaturas de populares a favor das investigações. Até sábado (01) tinham sido reunidos 2 mil apoiamentos.

Houve também manifestações de familiares dos pacientes que morreram nos últimas dias. Segundo os parentes, os familiares morreram por negligência no sistema de saúde pública.

Nesta quarta-feira, o deputado Reginaldo Veras (PV-DF) fez críticas ao atendimento nos hospitais e UPAs. Ele disse na tribuna que o problema é do governo Ibaneis Rocha.

O deputado Alberto Fraga (PL-DF) criticou a proposta que pode transferir a administração do Hospital da Polícia Militar para o Iges-DF. “Não vou ficar calado”, disparou o parlamentar.

O hospital está pronto, mas não tem médicos. Assim, os agentes da PM são obrigados a buscar a rede particular de hospitais para atendimento. Somente no ano passado, segundo Fraga, a corporação pagou R$ 260 milhões em planos de saúde.

Para ele, se o Iges-DF já está sendo criticado pela má gestão, seria um contrasenso transferir o hospital da Polícia Militar para o instituto. Ele disse que se isso ocorrer, não vai deixar de criticar o governo distrital.

A defesa do governo distrital coube ao deputado Gilvan Máximo (Republicanos-DF). Ele citou que nos últimos cinco anos a administração do Palácio do Buriti investiu R$ 48 bilhões na saúde pública.

“Construiu três hospitais e seis UPAs e mais três devem ser entregues”. Ele admitiu que a saúde “precisa melhorar muito”, mas o governo atual recebeu o sistema “sucateado”.

O ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) foi apontado como culpado pela “herança” da crise da saúde. O próprio governador Ibaneis Rocha (MDB) fez essa acusação em declaração à Imprensa na terça-feira (04).

Nesta quarta-feira, ele declarou que a crise é do Ibaneis.”O governador Ibaneis, por ação e omissão, é o grande responsável pelo caos na Saúde. Chama a atenção a sua falta de empatia e de compaixão com as famílias que perderam seus entes queridos”.

CPI da Saúde na Câmara Legislativa

O requerimento é assinado pelos deputados distritaisFábio Félix (PSol), Max Maciel (PSol), Dayse Amarilio (PSB), Gabriel Magno (PT), Ricado Vale (PT), Chico Vigilante, Jorge Vianna (PSD) e Paula Belmonte (Cidadania).

De acordo com a justificativa do requerimento, o déficit de profissionais da saúde na rede pública do Distrito Federal atinge 45,5% dos cargos existentes. Em fevereiro deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) contava com apenas 30,2 mil profissionais, quando deveria haver pelo menos 55,4 mil trabalhando.

De acordo com o regimento interno da Câmara Legislativa, a instalação de CPIs deve observar a ordem cronológica de protocolo, a não ser que haja decisão respaldada pelo Colégio de Líderes em favor da priorização de outro requerimento de CPI, segundo publicou a Agência CLDF.

ACPI da Saúde pode ficar prejudicada, já que outros três requerimentos de CPIs já foram protocolados neste ano: um para investigar fraudes na arrecadação do ICMS, outro para investigar a poluição do rio Melchior e outro para apurar crimes de violência contra as mulheres.

Sair da versão mobile