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Haddad diz que não se surpreendeu sobre a elevação da taxa Selic

Ministro da Fazenda Fernando Haddad entrevista Misto Brasil

Ministro Fernando Haddad fala em cortar e diminuir gastos/Arquivo

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Sobre o corte de 0,5 ponto na taxa básica de juros nos Estados Unidos, o ministro disse que veio com atraso

Por Welton Máximo – DF

Em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic – juros básicos da economia – para 10,75% ao ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não quis fazer comentários. Apenas disse que o aumento de 0,25 ponto não lhe causou surpresas.

“Não me surpreendi [com o Copom], mas eu só vou comentar a decisão depois da leitura da ata, semana que vem, como de hábito. Vou dar uma olhada, vou conversar internamente, vou verificar o que esperar para o futuro próximo”, justificou.

Leia – Copom decide por unanimidade aumentar a taxa Selic

Até meados do ano passado, Haddad comentava as decisões do Copom, criticando o atraso do Banco Central em começar a reduzir os juros e o tom de alguns comunicados. Quando a autoridade monetária começou a reduzir a Selic, em agosto do ano passado, o ministro celebrou a decisão.

Sobre o corte de 0,5 ponto na taxa básica de juros nos Estados Unidos, o ministro disse que veio com atraso.

Segundo ele, a decisão do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) iniciará um ciclo duradouro de reduções de juros que beneficiará todo o planeta.

“Penso que [o corte de juros nos Estados Unidos] veio um pouco atrasado, mas veio. Nós estávamos esperando para junho o corte do Banco Central americano. Teve uma pequena turbulência no começo do ano que, de certa maneira, causou alguma turbulência em todos os mercados”.

“O dólar subiu] aqui, mas penso que agora [o Fed] deve entrar em uma trajetória de cortes. Eu penso que isso vai ser duradouro”.

Segundo Haddad, o início dos cortes de juros nos Estados Unidos trará mais previsibilidade para a economia global e evitará a volatilidade no mercado financeiro nos próximos anos.

“Não acredito que em 2025, 2026, nós tenhamos surpresas. O que é ótimo para o Brasil e para o mundo. Porque isso dá um alívio doméstico grande e nos coloca uma responsabilidade de continuar fazendo um trabalho de arrumação da casa aqui para colher os frutos desses ventos favoráveis”.

 

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