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Rio Negro, no Amazonas, registrou a menor conta em 122 anos

Amazonas Orla Marina do Davi seca Misto Brasil

Detalhe parcial da Marina do Davi no ano passado/Arquivo/Gilmar Honorato/SGB

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De acordo com as projeções, os níveis podem reduzir ainda mais nos próximos dias, informou o Serviço Geológico do Brasil

Por Misto Brasil – DF

O rio Negro registrou sexta-feira (04), chegou à marca de 12,66, a menor cota já observada desde o início do monitoramento em 1902, ou seja, em 122 anos.

Os dados foram divulgados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). De acordo com as projeções, os níveis podem reduzir ainda mais nos próximos dias. O valor da cota abaixo de zero não significa a ausência de água no leito do rio.

A última década tem sido marcada por eventos extremos na Bacia do Rio Amazonas associados às mudanças climáticas, observou o coordenador nacional dos Sistemas de Alerta Hidrológico do SGB, Artur Matos.

Esses níveis são definidos com base em medições históricas e considerações locais, sendo que, mesmo quando o rio registra valores negativos, em alguns casos ainda há uma profundidade significativa.

“O processo de vazante do rio Negro deve ainda continuar ao longo do mês de outubro até que a onda de cheia se estabeleça”, prevê o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial da Superintendência Regional de Manaus, Andre Martinelli.

Só após ser iniciado o processo de enchente no rio Solimões é que será possível sentir os efeitos em Manaus.

No dia 26 de setembro, a estação de Tabatinga (AM) registrou a mínima histórica de -2,54 m e depois retomou as elevações, mas com oscilações. Nesta sexta (04), a cota observada em Tabatinga foi de -1,99m. Em Manacapuru (AM), o Solimões ainda segue em processo de vazante e registrou 2,42 m nesta sexta.

 

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