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Paulinho da Força pediu suspensão do pocote contra o STF

Deputado Paulo Pereira Paulinho da Força Misto Brasil

Paulinho da Força é deputado federal pelo estado de São Paulo/Arquivo/Agência Câmara

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Ele afirma que o projeto é uma “ameaça real e séria à conformação institucional do Estado Democrático de Direito”

Por Misto Brasil – DF

O Supremo Tribunal Federal (STF) terá a oportunidade de se manifestar sobre o projeto que pretende dar ao Congresso a prerrogativa de revisar julgamentos da corte.

Os ministros consideram a mudança uma forma de interferência indevida e inconstitucional na jurisdição do tribunal. Esse é considerado o ponto mais sensível do chamado “Pacote Anti-STF”.

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) pediu a suspensão urgente da tramitação da proposta. Ele afirma que o projeto é uma “ameaça real e séria à conformação institucional do Estado Democrático de Direito”.

“A tramitação da matéria se dá ao preço da violação autonomia do Poder Judiciário, em sua dimensão organizacional e de procedimento”, diz um trecho do pedido.

O projeto compõe o pacote de medidas para alterar o funcionamento do STF, aprovado nesta semana pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Com o aval da CCJ, o projeto poderá ser analisado por uma comissão especial que ainda não foi criada.

Qualquer alteração sobre a chancela de decisões dos ministros do STF precisa ser aprovada na forma de emenda constitucional, o que demanda maioria qualificada na Câmara e no Senado, além de votação em dois turnos.

O texto também pode ser submetido ao controle constitucional pelo próprio Supremo, que pode declarar as mudanças incompatíveis com a Constituição e, portanto, impedir que elas entrem em vigor.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) não pretende, por enquanto, acelerar a tramitação dos projetos que limitam a atuação STF, segundo interlocutores.

Recentemente, Lira foi beneficiado por uma decisão do ministro Gilmar Mendes, decano do tribunal, que encerrou o inquérito dos kits de robótica, informaram o Estadão e o InfoMoney..

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