Ícone do site Misto Brasil

Entrada da Venezuela no Brics “não é moral nem político”

Celso Amorim e Andrij Melnyk Ucrânia Misto Brasília

Ex-chanceler Celso Amorim e Andrij Melnyk em encontro na Rússia/Arquivo/Divulgação

Compartilhe:

Foi o que disse o ex-chanceler e hoje assessor internacional do presidente Lula da Silva sobre a entrada do país no grupo

Por Misto Brasil – DF

Na segunda-feira (21), foi ventilado pela mídia brasileira que o presidente Lula da Silva teria sinalizado a sua equipe internacional que o Brasil não apoiaria a entrada da Venezuela no Brics.

Nesta terça-feira (22), Celso Amorim, principal assessor de política externa do presidente – o qual teve uma reunião ontem – comentou sobre o assunto.

Disse que não se trata de “julgamento moral e nem político”, uma vez que o importante é saber da capacidade política e diplomática de novos países integrarem o bloco, e não necessariamente se um Estado ou outro em especial.

“Talvez ainda não seja possível chegar a uma conclusão. Não estou preocupado com a entrada ou não da Venezuela, não estamos fazendo julgamento moral e nem político sobre o país em si”.

“O Brics tem países que praticam certos tipos de regime, e outros tipos de regime, a questão é saber se eles têm capacidade pelo seu peso político e pela capacidade de relacionamento, de contribuírem para um mundo mais pacífico”, afirmou Amorim em entrevista ao jornal O Globo.

A Venezuela se candidatou para ingressar no organismo, e, com a primeira cúpula do Brics ampliado acontecendo hoje (22) e amanhã (23) em Kazan, na Rússia, a candidatura deve ser trazida à mesa.

“O Brasil quer fortalecer o Brics, tivemos um aumento recente, estamos nos adaptando a esse aumento. A própria Arábia Saudita disse que ia entrar, foi em algumas reuniões, não foi a outras”.

“Queremos que haja Brics fortalecido, países que possam realmente contribuir para paz pelo equilíbrio”.

Sair da versão mobile