Foi o que disse o ex-chanceler e hoje assessor internacional do presidente Lula da Silva sobre a entrada do país no grupo
Por Misto Brasil – DF
Na segunda-feira (21), foi ventilado pela mídia brasileira que o presidente Lula da Silva teria sinalizado a sua equipe internacional que o Brasil não apoiaria a entrada da Venezuela no Brics.
Nesta terça-feira (22), Celso Amorim, principal assessor de política externa do presidente – o qual teve uma reunião ontem – comentou sobre o assunto.
Disse que não se trata de “julgamento moral e nem político”, uma vez que o importante é saber da capacidade política e diplomática de novos países integrarem o bloco, e não necessariamente se um Estado ou outro em especial.
“Talvez ainda não seja possível chegar a uma conclusão. Não estou preocupado com a entrada ou não da Venezuela, não estamos fazendo julgamento moral e nem político sobre o país em si”.
“O Brics tem países que praticam certos tipos de regime, e outros tipos de regime, a questão é saber se eles têm capacidade pelo seu peso político e pela capacidade de relacionamento, de contribuírem para um mundo mais pacífico”, afirmou Amorim em entrevista ao jornal O Globo.
A Venezuela se candidatou para ingressar no organismo, e, com a primeira cúpula do Brics ampliado acontecendo hoje (22) e amanhã (23) em Kazan, na Rússia, a candidatura deve ser trazida à mesa.
“O Brasil quer fortalecer o Brics, tivemos um aumento recente, estamos nos adaptando a esse aumento. A própria Arábia Saudita disse que ia entrar, foi em algumas reuniões, não foi a outras”.
“Queremos que haja Brics fortalecido, países que possam realmente contribuir para paz pelo equilíbrio”.