O parlamento de Israel aprovou um projeto que proibe as atividades da agência de assistência no Oriente Médio
Por Misto Brasil – DF
Aviões e drones israelenses atacaram 18 assentamentos no leste do Líbano e provocaram a morte de pelo menos 61 pessoas. Além disso, cerca de 100 ficaram feridos, informou à Sputnik uma fonte do serviço de resgate libanês.
“Aeronaves e drones inimigos atacaram 18 assentamentos no vale do Beqaa. Até agora, 61 pessoas foram mortas e cerca de 100 ficaram feridas. Esses números ainda não são definitivos”, disse a fonte.
As operações de resgate em vários assentamentos foram dificultadas por conta dos ataques aéreos contínuos, acrescentou a fonte, e os trabalhos seguem entre os escombros para a busca de possíveis sobreviventes.
Enquanto os ataques promovidos por Israel seguem no Oriente Médio, o parlamento do país anunciou a aprovação de um projeto de lei para proibir as atividades da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio UNRWA no território israelense, informou também nesta segunda o jornal The Jerusalem Post.
Entre as justificativas, conforme o Knesset, estão as supostas ligações de funcionários da agência associada à Organização das Nações Unidas (ONU) com o movimento palestino Hamas.
“O plenário do Knesset israelense aprovou a votação final de dois projetos de lei destinados a bloquear as atividades da UNRWA nos territórios sob o controle de Israel”, relata o jornal.
O texto foi aprovado com 92 votos a favor e apenas dez contrários. Anteriormente, países como Canadá, Austrália, França, Alemanha, Japão, Coreia do Sul e Reino Unido já se manifestaram contra a proibição das atividades da UNRWA em Israel.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, informou que enviou uma carta ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressando profunda preocupação com a proposta. Conforme Guterres, o texto contraria a Carta da ONU e as obrigações internacionais de Israel.
No início do mês, Guterres chegou a ser declarado persona non grata por Israel e ficou proibido de entrar no país ao ser acusado de apoiar “terroristas, estupradores e assassinos” do Hamas.