Existe impacto negativo na mesa do consumidor com aumento de mais de 4% do dólar somente em dezembro
Por Misto Brasil – DF
A alta do dólar impacta no preço de vários produtos e interfere na conta do supermercado e no dia a dia.
O milho, por exemplo, é uma matéria-prima produzida no Brasil que é negociada na moeda estrangeira. Quanto mais caro em relação ao real, melhor para a exportação e pior para o mercado interno.
O valor dessas commodities é diretamente influenciado pelas incertezas climáticas e cambiais. O dólar bateu recorde e chegou a R$ 6,20 no último dia 16, aumento de quase R$ 1,20.
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O chairman da Rafatella Investimentos, administrador Lélio Carneiro Vieira Júnior, acredita que o momento é de alerta. Existe impacto negativo na mesa do consumidor com aumento de mais de 4% do dólar somente em dezembro e acumulados 25% durante o ano até aqui.
“O que vemos no mercado hoje, dos itens básicos como de alimentação e higiene a de grandes indústrias de eletrodomésticos e eletrônicos, por exemplo, ficará ainda mais pesado no bolso do consumidor”.
A influência da alta do dólar afeta diretamente outros diversos aspectos do orçamento das famílias brasileiras.
No setor de saúde, medicamentos e equipamentos importados têm seus preços alterados, o que pode impactar também nos custos de planos de saúde.
Os produtos eletrônicos e eletrodomésticos dependem de componentes comprados em dólar, consequentemente sofrem reajustes.
No turismo, viagens internacionais se tornam menos viáveis e o aumento da demanda por destinos nacionais pode elevar os preços de pacotes e hospedagens no Brasil.
“O dólar influencia o preço do petróleo, encarecendo gasolina, diesel e gás de cozinha, o que também reflete nos custos de transporte”.
Na educação, materiais importados, como livros e softwares, também ficam mais caros.
O advogado e CEO da KBL Contabilidade, Ivan Lima, lembra que é necessário planejamento financeiro.
“É importante prever gastos com eventos festivos, compra de material escolar, novas taxas de matrícula, de IPVA, dentre outras despesas domésticas. Colocar tudo no papel para ter uma visão mais clara do que vem pela frente e buscando equilibrar gastos e receita”.