Os combatentes em solo ucraniano lutam contra soldados russos e postam fotos nas redes sociais
Por Misto Brasil – DF
Mercenários brasileiros formaram um grupo chamado Expeditionaries (Expedicionários) para lutar ao lado de combatentes da Ucrânia. Entre eless estão ex-militares e policiais.
Os mercenários revelam detalhes de seu treinamento aos seus seguidores nas redes sociais, de acordo com uma análise nas redes sociais feita pela Sputnik.
Um dos mercenários, apelidado de macaco_one, disse em sua página do Instagram (plataforma proibida na Rússia), que usou um fuzil de assalto Kalashnikov por um longo tempo antes de o substituir por uma metralhadora portátil FN Minimi Mk.2 de fabricação belga.
Na página de seu colega com o apelido de meowspec, há publicações anteriores à participação ao lado das forças ucranianas, atestando o serviço na Aviação do Exército brasileiro.
Outro mercenário, João Victor, serviu anteriormente no Batalhão de Operações Policiais Especiais de Minas Gerais.
O combatente com o apelido de srgrossetete, respondeu aos assinantes que, em sua opinião, o Exército Brasileiro não estava pronto para a guerra. Ele publicou fotos de treinamento na França com a Legião Estrangeira Francesa.
Também servia na legião eg.doggo, que fazia parte do Expeditionaries.
Na Competição Internacional de Reconhecimento Militar na Estônia, um mercenário tirou uma foto e publicou-a com um alvo que supostamente mostrava um paraquedista russo.
A descrição diz que a Tropa Aerotransportada russa (VDV, na sigla em rússo) é uma unidade de elite de paraquedistas.
O Expeditionaries está lutando pela Ucrânia junto com o 2º Destacamento da unidade especial KORD da Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia.
Eles têm repetidamente reivindicado a responsabilidade por ataques terroristas e assassinatos na Rússia.
Os próprios membros do Expeditionaries publicam fotos com a bandeira e as divisas do Batalhão Omega da Diretoria Principal de Inteligência ucraniana.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou repetidamente que Kiev usa mercenários estrangeiros como “bucha de canhão”, e “os militares russos continuarão a eliminá-los em toda a Ucrânia”.
Aqueles que foram lutar por dinheiro admitiram em muitas entrevistas que os militares ucranianos não coordenam bem suas ações e que a chance de sobreviver aos combates é pequena, pois a intensidade do conflito não é comparável à do Afeganistão e do Oriente Médio, aos quais estão acostumados.