O dólar voltou a se valorizar no mercado doméstico, em contraste com o movimento internacional, onde a moeda americana recuava
Por Misto Brasil – DF
O Ibovespa recuou nesta segunda-feira (08), em um dia esvaziado e com o declínio de ações de bancos e varejistas entre as maiores pressões negativas.
Os mercados aguardam o reinício do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal na terça-feira (09) e a divulgação do IPCA de agosto na quarta-feira (10).
Por volta de 17h20, a referência do mercado acionário brasileiro caía 0,59%, aos 141,7 mil pontos. O dólar terminou a sessão praticamente estável, a R$ 5,4173 (+0,09%).
Na última sexta-feira, o Ibovespa encerrou a 142.640,14 pontos, marcando 143.408,64 pontos na máxima, renovando seus topos históricos para o fechamento e no intradia, em meio à perspectiva de corte de juros nos EUA na próxima semana.
Dados norte-americanos de inflação também estão na pauta da semana e podem definir as apostas para a decisão do Federal Reserve.
O especialista em investimentos da Nomad, Bruno Shuahini, observou que o dólar voltou a se valorizar no mercado doméstico, em contraste com o movimento internacional, onde a moeda americana recuava diante da expectativa de cortes sequenciais de juros pelo Federal Reserve até o fim do ano.
No Brasil, a pressão veio da percepção de maior risco político e fiscal, o que levou investidores a buscar proteção cambial em meio à cautela que marca o início de uma semana carregada de indicadores, como o IPCA local e os índices de inflação nos EUA.
Nesse contexto, o Ibovespa perdeu força após ensaiar alta inicial, influenciado pela desaceleração do petróleo e pela queda das ações de grandes bancos.
Os juros futuros acompanhavam o avanço da moeda americana, refletindo um sentimento mais defensivo no pregão de hoje.

