Mais uma vez o mercado financeiro foi influenciado pela política e pela pesquisa eleitoral que envolve a família Bolsonaro e Lula da Silva
Por Misto Brasil – DF
O Ibovespa quase não reagiu ao aval de Jair Bolsonaro para a candidatura do seu filho, Flávio Bolsonaro em dia de liquidez reduzida. Na última quinta-feira, em pleno Natal, o ex-presidente chancelou Flavio como o candidato que terá o seu apoio.
O índice fechou em alta de 0,24%, a 160.836 pontos, segundo dados preliminares. O dólar encerrou a sexta-feira pós-Natal com leve elevação ante o real de 0,25%, aos R$ 5,5451.
A confirmação aconteceu exatamente 20 dias após o próprio senador pelo PL ter dito que foi escolhido pelo pai, condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
O Ibovespa despencou mais de 4%, enquanto as taxas dos DIs e o dólar dispararam.
A Petrobras segue entre as ações mais acompanhadas da B3, sustentada pela alta liquidez dos papéis, forte geração de caixa e um histórico recente de dividendos bilionários.
Ao mesmo tempo, o papel convive com elevada volatilidade, influenciada pelas oscilações do petróleo no mercado internacional, por decisões estratégicas da companhia e pelas incertezas em torno da política de preços e da governança, conforme o InfoMoney.
Após polêmica envolvendo uma peça publicitária de fim de ano, as ações ordinárias da Alpargatas voltaram a figurar entre os destaques da Bolsa brasileira nesta sexta-feira (26), com a notícia de que a holding Itaúsa (ITSA4) elevou participação na varejista.
Desde que foi anunciado como pré-candidato, agentes do mercado tentam entender se a postulação será para valer ou se trata-se de um balão de ensaio.
A visão é de que a candidatura de Flávio reduz as chances de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), entrar na disputa pelo Planalto. Tarcísio é o nome preferido na Faria Lima e visto como mais viável que Flávio em uma eventual disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, o mercado entende que Flávio Bolsonaro é competitivo para ir para o segundo turno, mas “tem suas dúvidas sobre a possibilidade dele vencer um segundo turno”.
O estrategista pontua que no primeiro turno há uma força para conquistar eleitores que se identificam com a direita e centro-direita. No entanto, no segundo turno pode haver mais dificuldade para alcançar o eleitor que não se identifica com nenhum dos lados da polarização, conforme anotou o MoneyTimes.
