O plano faz parte da estratégia de reestruturação da empresa e será possível de ser colocado em marcha após o fechamento do empréstimo de R$ 12 bilhões
Por Misto Brasil – DF
O presidente dos Correios, economista Emmanoel Schmidt Rondon, detalha neste momento o plano para recuperação da estatal. O objetivo é reduzir os gastos em R$ 4,2 bilhões por ano.
A estratégia está sendo apresentada aos jornalistas também com a participação da diretoria executiva. Entre as estratégias, estão alugar prédios para parceiros e fechamento de agências deficitárias ou que tenham “sombreamento” de atividades.
A empresa se encontra numa difícil situação financeira e para piorar, 70% dos funcionários estão em greve. Última atualização às 15h55.
O índice de entregas no prazo desabou este ano devido a dívidas em aberto com fornecedores.
O plano faz parte da estratégia de reestruturação da empresa e será possível de ser colocado em marcha após o fechamento do empréstimo de R$ 12 bilhões obtido pelos Correios com um grupo de cinco bancos.
A expectativa é de que a primeira parte dos recursos, de R$ 10 bilhões, seja liberado até terça-feira (30).
O plano, desenvolvido em meio à crise financeira enfrentada pela empresa, inclui ações como a reabertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para desligar até 15 mil empregados entre 2026 e 2027, a venda de imóveis ociosos e ajustes nos benefícios e na estrutura de pessoal.
Segundo presidente dos Correios, cerca de 70% das despesas da empresa são com o quadro de pessoal.
O plano, que embasou a concessão da garantia da União na operação de crédito, detalha as condições do empréstimo, o fluxo de pagamentos e a suficiência das receitas projetadas para honrar o serviço da dívida.
Rondon acrescentou que que “não tem nenhuma definição de que tipo de parceria vai ser feita ainda” e ressaltou que é necessário aguardar o resultado da consultoria.
Segundo a companhia, a mudança seria para adequar “os Correios ao ambiente concorrencial do setor de logística, que exige flexibilidade e tecnologia”.
O plano de reestruturação dos Correios prevê ainda o fechamento de mil agências próprias, com cortes de despesas da ordem de R$ 5 bilhões até 2028, incluindo venda de imóveis e dois planos de demissão voluntária (PDVs) para reduzir o número de funcionários em 15 mil até 2027.
Ele parte de uma necessidade total de financiamento de R$ 20 bilhões. Desse montante, R$ 12 bilhões já foram captados no mercado.
O plano de reestruturação dos Correios era esperado devido aos sucessivos resultados negativos que a estatal acumula desde 2022, com um déficit estrutural de R$ 4 bilhões anuais “por causa do cumprimento da regra de universalização”, segundo explicou o presidente Rondon.
Neste 2025, a estatal registra um saldo negativo de R$ 6 bilhões nos nove primeiros meses do ano e está com um patrimônio líquido negativo de R$ 10,4 bilhões.
