Com a liquidez limitada nos mercados e incertezas sobre o cenário geopolítico, a moeda norte-americana ganhou força ante as moedas globais e emergentes
Por Misto Brasil – DF
Com fluxo de saída de capital, o dólar avançou a despeito da forte valorização das commodities. Incertezas sobre os cenários eleitoral e geopolítico, além do risco institucional no radar, movimentaram o câmbio.
O dólar à vista encerrou a sessão nesta segunda-feira (29) a R$ 5,5689, com alta de 0,44%.
O movimento acompanhou a tendência externa. Por volta das 17 horas (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,01%, aos 98.029 pontos.
Com a liquidez limitada nos mercados e incertezas sobre o cenário geopolítico, o dólar ganhou força ante as moedas globais e emergentes – mesmo com a forte valorização das commodities. Os contratos futuros do minério de ferro tiveram alta de 2,58%, a 796,5 yuans (US$ 113,66) a tonelada na Bolsa de Dalian, na China.
O petróleo Brent, com vencimento para março, fechou com avanço de 2,07%, a US$ 61,49 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, segundo informo o MoneyTimes.
Os investidores acompanharam os desdobramentos das tratativas de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mediadas pelos Estados Unidos, além da tensão entre os EUA e a Venezuela.
O mercado ficou ainda à espera da ata da última decisão do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA).
No início do mês, o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, como o esperado. Essa foi a terceira redução consecutiva.
No cenário doméstico, novos dados e pesquisas eleitorais dividiram as atenções, além da precificação do risco institucional com o Banco Central (BC) e a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no Caso Master em foco.
Entre os dados, o governo central registrou um déficit primário de R$ 20,172 bilhões em novembro, segundo dados do Tesouro Nacional. Os economistas consultados pela Reuters projetavam um rombo menor para o mês, de R$ 13,5 bilhões.
As ações da Cogna recuam mais de 2% e figuram entre as maiores quedas do Ibovespa nesta segunda-feira (29).
Por volta de 15h (horário de Brasília), COGN3 tinha baixa de 2,18%, a R$ 3,14. Na mínima intradia, a companhia chegou a registrar perda de 2,49% (R$ 3,13).
