A semana começa com antigos problemas na Câmara dos Deputados. De um lado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) promete voltar a frequentar seu gabinete. Um zumbi que insiste em dar as ordens e a influenciar no Parlamento.
De outro, um presidente em exercício da Câmara que não tem força para dirigir. O deputado Waldir Maranhão (PP-MA) tem forte indicação para ser uma rainha da Inglaterra.
E nesse clima de indecisão que o presidente interino Michel Temer chega no Congresso Nacional. Vem apresentar hoje as metas fiscais que prevê resultado negativo.
Além de lídar com os números assustadores do déficit público, um novo exercício de habilidade terá que ser testado hoje. Temer tem que decidir se o fiel escudeiro Romero Jucá (PMDB-RR) fica ou não no ministério do Planejamento.
Depois do vazamento das gravações, Jucá deve desembarcar do governo para não arrastar Temer ao calabouço. Na primeira vez que foi ministro, Jucá assessorou por apenas três meses o governo Lula da Silva. Caiu também por denúncias.
Como ministro da Previdência ficou apenas entre março e julho de 2005. Foi acusado por conduta suspeita de corrupção com empréstimos bancários irregulares.
No ano seguinte voltou a assessorar Lula, como líder do governo, mesma função no primeiro mandato de Dilma Rousseff.