O ministro do Planejamento, Romero Jucá, disse à rádio CBN nesta manhã que não lembra do teor da conversa que teve com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, investigado na Lava Jato.
Na BandNewsFM, o advogado de Jucá, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que vai pedir acesso as gravações.
As gravações reveladas hoje pela Folha, indicam que Romero tentava abafar os trabalhos de investigação. Segundo o defensor de Romero Jucá, o senador “foi provocado e apenas respondeu” os questionamentos.
Na entrevista desta manhã, Jucá disse que apoia a Lava Jato, “as investigações precisam continuar”.
Jucá nega que a conversa seja tentativa de obstrução da Justiça. E que pede celeridade nas investigações.
Segundo a Folha, o atual ministro afirmou que seria necessária uma resposta política para evitar que o caso caísse nas mãos de Moro. “Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”. Machado respondeu que era necessária “uma coisa política e rápida”.
“Eu acho que a gente precisa articular uma ação política”, concordou Jucá, que orientou Machado a se reunir com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP).