O presidente interino, Michel Temer (PMDB), recebe daqui a pouco em Palácio quatro líderes da outrora oposição: Antônio Imbassahy (PSDB-BA), Pauderney Avenilo (Dem-AM), Paulo Foletto (PSB-ES) e Rubens Bueno (PPS-PR).
O motivo da agenda não foi divulgado, mas o assunto principal são as matérias de interesse do governo no Congresso. A base de Temer tem dado prova da confiança, mas as quatro bancadas estão preocupadas com a coerência do discurso do controle dos gastos do governo.
No Senado, por exemplo, há dúvidas se o déficit de R$ 170 bilhões é verdadeiro, pois o governo autorizou que a base governista na Câmara aprovasse novos tetos para funcionalismo e reajuste de salários para os três Poderes.
Ontem, a Câmara aprovou por maioria (340 votos contra 96) a Desvinculação da Receita da União (DRU) em segundo turno. A proposta de emenda à Constituição (PEC) prorroga até 2023 a permissão para que a União utilize livremente parte de sua arrecadação, a chamada Desvinculação de Receitas da União (DRU).
O mecanismo permite a flexibilização dos recursos. São cerca de R$ 120 bilhões que o Governo Federal para aplicar onde julgar mais adequado. Sem aplicações mínimas determinadas em lei para áreas como saúde e educação.