O Brasil vive uma de suas piores crises políticas, mas o grosso da população vive à margem desse processo. É que menos de 30% da população acompanha política partidária ou até mesmo a Operação Lava Jato, a maior operação contra a corrupção da História da nação.
A observação é da socióloga Fátima Pacheco Jordão que é descrente inclusive com os resultados dos pedidos de prisão dos medalhões José Sarney (PMDB-MA), Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Não chega a abalar suas arraigadas estruturas coronelistas”, diz a socióloga ao El País.
A política tradicional transmite “apenas decepção e falta de credibilidade”. “Por isso, novas lideranças de direita que ligam seus carros de som na Avenida Paulista são aplaudidas. O discurso que apresentam é de organização, mas o que as pessoas não percebem é que, atrás dele, há um quadro de trevas, um apelo ao autoritarismo”.