Foi uma “coincidência” os pagamentos feitos ao escritório dos filhos, disse hoje pela manhã a ex-assessora da Casa Civil da Presidência da República Lytha Spíndola disse, em depoimento à CPI do Carf.
Ela é acusada de ter recebido propina para a aprovação de medidas provisórias (MPs) que beneficiaram montadoras de automóveis.
Entre 2010 e 2014, de acordo com a denúncia, ela teria recebido R$ 2 milhões da empresa de lobby Marcondes e Mautoni (M&M), contratada Mitsubishi no Brasil. O dinheiro foi repassado a empresas de seus filhos Vladimir e Camilo Spíndola, também denunciados por envolvimento.
A medida provisória teria beneficiado a MMC e o grupo Caoa. Segundo o MPF, apenas com a prorrogação do prazo de validade de outra MP, a 471/09, as montadoras tiveram benefícios fiscais de R$ 879,5 milhões.