Em pouco mais de 30 dias o governo Michel Temer perdeu três ministros para a Lava Jato. O próximo a cair por conta das investigações e delações é o ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB).
Com a homologação da delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto, o baiano entra na roda do acarajé apimentado. Cleto foi apadrinhado do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e entrou em desgraça quando ruíram as negociações entre o presidente afastado da Câmara e a presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
Na delação ainda mantida em segredo pelo ministro do Supremo, Teori Zavaski, há suspeita de que seja envolvido Geddel, que foi um dos vice-presidentes do banco público entre 2011 e 2013.
Novas acusações aumentam o desgaste na imagem da gestão e aproximam ainda mais a Operação Lava Jato do presidente interino. Geddel é um dos braços-direitos de Temer. Nos bastidores, há ministros que já defendem que ele se antecipe, como fez Henrique Alves, e saia da Esplanada antes do vazamento do conteúdo da delação.