A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que fiscaliza as operadoras de telefonia e as concessões de rádio e televisão, está em petição de miséria. Em vias de ser fechada por conta do contingenciamento de despesas.
Está com contas atrasadas, teve que dispensar terceirizados, cortou o uso do ar-condicionado, não tem carros para fazer a fiscalização em vários estados e se vê impossibilitada de pagar diárias aos funcionários que devem trabalhar durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro.
Recentemente quase teve que rescindir o contrato com a empresa de call center por falta de pagamento. Diariamente o sistema recebe 25 mil ligações, a maioria das telefônicas que são as campeãs de reclamações dos órgãos de defesa do consumidor.
O contrasenso é sua marca. Anatel recebe entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões de receitas por ano, mas não está conseguindo pagar nem as contas básicas de telefone e internet, o que ameaça provocar pane na conexão do call center. “Há claro descompasso entre arrecadação e gasto”, lamenta Thiago Cardoso Henriques Botelho, presidente da Associação Nacional dos Servidores Efetivos das Agências Reguladoras Federais (Aner), no blog do jornalista Vicente Nunes.