As mais fortes categorias de servidores do Brasil estão usando a Operação Lava Jato para pressionar por reajuste salarial. São carreiras típicas do Estado que ameaçam com greve.
Em notas subsequentes e articuladas por sindicatos e entidades de classe, afirmam que há uma manobra contra a operação e usam como argumento a negativa para reajuste salarial. O mais novo componente desta “guerra sindical” é o projeto do abuso de autoridade.
Uma dessas notas é da Associação Nacional dos Magistrados Brasileiros divugada na quinta-feira. Assinada pelo presidente João Ricardo Costa, afirma que há manobra para sufocar a Operação Lava Jato, no âmbito na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
A entidade critica o adiamento de votação do projeto de “recomposição parcial dos nossos subsídios”. A manobra, diz a AMB, visa enfraquecer “não somente o Judiciário como as demais instituições que ficaram sem a recomposição de seus vencimentos – magistratura, Ministério Público, fisco federal e Polícia Federal”
A entidade mistura a mobilização por melhores salários com o projeto de lei do Senado 280/2016, que tipifica o abuso de autoridade “com tipos penais abertos e atentatórios” à independência da magistratura e do MP.