Diz um ditado que na internet se encontra de tudo, até terrorismo. O comentário não poderia ser mais real diante das evidências e da estratégia do Estado Islâmico, que usa como ferramenta de propaganda as redes sociais.
Twitter, Facebook, Telegram e Instagram são as principais portas de entrada de brasileiros em páginas do grupo extremista. Eentre elas, especialmente, o Telegram. No mundo, a principal rede dos jihadistas é o Twitter .
Telegram também hospeda “salas de bate-papo” gerenciadas por membros do EI. É nestas últimas que articulações práticas sobre ataques seriam realizadas, segundo agências internacionais de inteligência que monitoram riscos de atos terroristas no Brasil.
Em The ISIS Twitter Census(Censo do Estado Islâmico no Twitter, em tradução livre), pesquisadores do Brooking Institute mapearam 46 mil contas ligadas ao EI na rede social em 2014, lembra a BBC Mundo.
Um dos perfis no Twitter, que se baseia na Síria e publica seguidamente hashtags em português ligadas ao grupo, chama atenção por uma enorme fotomontagem que mostra o Congresso Nacional, em Brasília, em chamas.
A grande maioria das contas mapeadas pelo estudo estava hospedada no Iraque, na Síria e na Arábia Saudita. Houve poucos registros no Ocidente – três contas na França, uma no Reino Unido, uma na Bélgica e, um detalhe que passou despercebido na época, duas no Brasil.