Cerca de 30 mil pessoas podem comparecer nos dois primeiros dias de julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) na Esplanada dos Ministérios.
A previsão é da Polícia Militar que organizou um esquema de segurança em toda a região do Congresso Nacional, inclusive com interrupção de trânsito e separação dos manifestantes pró e contra o impedimento presidencial.
O julgamento começa nesta quinta-feira. A presidente deve depor no plenário do Senado Federal na segunda-feira-feira (29), a partir das 9 horas. O PT e partidos aliados dizem que tem votos suficientes para parar o processo.
Lula disse que Dilma vai expor as entranhas do poder. O principal argumento da volta expresso na Carta aos Senadores, o plebiscito, acabou sendo enterrado pelo PT que rejeitou a proposta
A primeira parte do julgamento será o interrogatório das testemunhas de acusação e defesa. Para apressar o processo, a base governista definiu que apenas os líderes dos partidos da base deverão fazer perguntas.
O líder do PV, senador Alvaro Dias (PR), explicou que o acordo não impedirá que outros parlamentares favoráveis ao impeachment de Dilma participem do interrogatório.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) confirmou que os 21 senadores aliados de Dilma vão interrogar todas as testemunhas. O número é o total de votos contrários ao prosseguimento do impeachment, definido no dia 10 de agosto.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que o depoimento da presidente afastada, Dilma Rousseff, fortalecerá os argumentos da defesa. Segundo Gleisi, Dilma irá expor as dificuldades a que seu governo foi submetido pelo Congresso Nacional.
O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) disse que o comparecimento da presidente afastada Dilma Rousseff ao Plenário do Senado é uma estratégia da defesa.