O golpe do PT

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Texto de Magno Martins

Depois de ser apeado do poder, o PT propôs, ontem, em São Paulo, a reedição da campanha pelas diretas, já, que ocorreu no País em 1983, desencadeada pela emenda Dante Oliveira. Com isso, quer mobilizar os simpatizantes pela causa a partir das manifestações que estão ocorrendo no País e intensificar nas tradicionais passeatas chamadas de Grito dos Excluídos, que acontecem no dia 7 de setembro.

A reunião, onde foi tomada a decisão, aconteceu em São Paulo com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Lindbergh Farias (PT-RJ), dos deputados federais Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT -RJ), além do presidente do partido Rui Falcão. A ex-presidente Dilma Rousseff não compareceu.

“Se antes havia divergências sobre a proposta de antecipação de eleições presidenciais, agora a situação é outra, pois o Estado tem à frente um governo usurpador, ilegítimo, sem votos, com um programa antipopular e antinacional”, diz o documento de seis páginas fechado durante o encontro.

“A recuperação da legalidade e o restabelecimento da democracia, nessas condições, somente se efetivarão quando as urnas voltarem a se pronunciar e o povo decidir os caminhos da nação. O que exige construir uma ação conjunta e iniciativas práticas com partidos e entidades populares, capazes de mobilizar e dar efetividade a este objetivo rumo à normalização democrática, como as Diretas Já”, acrescenta o manifesto.

O PT também pediu formalmente à Procuradoria Geral da República que tome providências para evitar confrontos como os ocorridos nos últimos dias durante as manifestações. Campanha por diretas, já, vale destacar, só se justifica quando o País está amordaçado, sem liberdade, em regime ditatorial, como ocorria ante do restabelecimento da democracia até 1989, quando voltamos a eleger o presidente da República por voto direto.

O que o PT quer, na verdade, é criar um falso clima de insatisfação na sociedade brasileira com o Governo Temer, tentar desestabilizar o chamado processo de transição até 2018, quando o povo brasileiro voltará às ruas para eleger o novo presidente. Temer cumpre agora, forçado pelas circunstâncias do impeachment, um mandato tampão, como Itamar Franco em 1992, com o afastamento do ex-presidente Fernando Collor.

Querer antecipar as eleições de 2018 com essa conversa mole de campanha pelas diretas, pura estratégia de marketing do PT para atrapalhar o Governo, é, na verdade, um golpe. Mas a sociedade não vai cair nessa.

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