Erro de avaliação, ou não?

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Texto: Maurício Nogueira

Certo dia, conversando com uma cidadã em uma parada de ônibus, no contexto de tantas armações ilegais que vieram à tona na política local e federal, a questionei: “Será que o povo vota errado?”

Ao que ela de pronto simplesmente respondeu: “A gente vota em um candidato, mas depois de eleito ele muda. Como saber seu comportamento quando assumir o cargo?”. E, aí, acrescento, ainda, mesmo você conhecendo, forças ocultas fazem com que o eleito dance conforme diversas músicas, do partido e do sistema político vigente.

No caso do ex-advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, ao ser demitido disparou que “o governo quer abafar a Lava Jato” e que fora demitido porque havia contrariado “muitos interesses”, quem errou ao escolhê-lo?

O que se ouve é que a indicação de Osório para o cargo partiu do ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Assim, pouco é provável que ele entrasse em rota de colisão de graça com seu feitor.

Os mais chegados de Osório, que o classificam como do bem, já questionam como tiveram a capacidade de alçar um nome do Ministério Público com perfil de quem não é “Maria vai com as outras” e querer que ele dance conforme a música?

Osório pode ter saído da linha determinada pelo Palácio do Planalto. Entretanto, a bola fora de Padilha não pode passar batida. Isso tem nome: erro de avaliação, no mínimo. 

O presidente Michel Temer não esperava esse “gol contra” em meio a já quatro substituições no seu time durante jogo duro em andamento.

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