Os governadores dos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste desembarcarão na segunda-feira (19) em Brasília para mais uma nova tentativa de pressionar o governo federal em busca de saída para a situação gravíssima dos caixas estaduais.
Um novo documento será entregue nesta segunda-feira (19) ao presidente Michel Temer, no qual os governadores formalizarão o estado de falência que em breve alcançará mais de 10 estados da federação.
Na verdade a intenção com o documento é cobrar socorro financeiro do Executivo. E, claro, com a expectativa de que seja viabilizado até o final do ano. Caso não ocorra até lá, a quebradeira será ainda mais aprofundada, segundo os governadores.
A situação é crítica e já foi esclarecida para Temer. Sem caixa suficiente para pagar os servidores, os estados poderão encarar greves de servidores. Assim, fomentando a crise de âmbito nacional.
“Bolo” para todos
O mote dos governadores é que se há um “bolo” ele tem que ser dividido em prol de todos. Para eles, a partilha de recursos é a chance de os estados se recuperarem e retomarem um tímido, ainda que seja, crescimento econômico.
Vale lembrar que não é primeiro pedido de socorro. No dia 16 de outubro, os governadores das regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste estiveram em Brasília. Temer os recebeu e também foi-lhe entregue um documento com demandas emergenciais.
Os governadores lembraram a Temer que as dificuldades financeiras é generalizada. Fica pior ainda para os governos de estados com menores recursos.
As reivindicações foram claras e objetivas. Tratamento igual dado a estados do Sul e Sudeste, detentores de orçamentos mais volumosos em termos de verba.
MP salvadora
Outro ponto do documento foi liberação, através de Medida Provisória, no valor de R$ 7 bilhões, partilhados em conformidade com as regras do Fundo de Participação dos Estados.
Além de pedido para destinar a todos os estados do país dois pontos percentuais do Fundo de Participação da União. E, por fim, a ampliação do limite para operações de crédito.
Pelo visto, os governadores não lograram êxito na última investida há um mês. Já que a renegociação das dívidas não evolui, insistirão em obter alguma ajuda financeira para se evitar o pior.