Quem acusa tem o ônus da prova. O empresário Eike Batista, ex-controlador do grupo OSX, apresentou, nesta semana, documentos ao Ministério Público Federal (MPF) para não fugir à máxima da lei e comprovar o que contou em depoimento.
Ele procurou MPF em 20 de maio voluntariamente. Contou que houve um pedido de R$ 5 milhões para o PT feito pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega em reunião no gabinete no Ministério da Fazenda. Também prestou informações sobre repasse para o marqueteiro do PT João Santana em conta secreta na Suíça.
Entre os documentos apresentados estão o registro de voo quando viajou a Brasília, contratos falsos firmados com empresa de construção naval OSX. Além da agenda do encontro oficial com Mantega em 1º de novembro de 2012.
E ainda provas de encontros com empresas de João Santana.Comprovantes de transferência de uma conta sua no exterior para a conta do casal João Santana e Mônica Moura em nome da offshore Shell Bill Finance – de US$ 2,3 milhões, em 2013.
O depoimento do empresário foi fundamental para deflagração da 34.ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Arquivo X”, que prendeu temporariamente o ex-ministro. A prisão foi revogada, na tarde do mesmo dia, pelo juiz Federal Sérgio Moro.