O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (6) a inclusão do ex-presidente Lula da Silva como investigado no inquérito que apura se uma organização criminosa atuou no âmbito da Petrobras. Além de Lula também foi incluído o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Assim, Lula será investigado no inquérito sobre a atuação do PT na estatal, que abrange mais 12 pessoas.
Teori Zavascki também autorizou, nesta quinta-feira, a divisão do principal inquérito da Lava-Jato em quatro diferentes investigações.
Com isso, soma 66 o número de investigados nos inquéritos que apuram a existência de uma organização criminosa que atuou para desviar recursos da Petrobras, favorecer empresários e financiar campanhas eleitorais.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, na semana passada, o fatiamento para investigação em quatro diferentes inquéritos a tanto a atuação do PT, do PP, quanto do PMDB na Câmara e do PMDB no Senado.
Investigados – O inquérito relativo ao PP terá 30 alvos, como o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro; o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI) e o vice presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA).
O inquérito do PT reúne 12 pessoas: Lula; o ex-tesoureiro da sigla João Vaccari Neto; os ex-ministros Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Jaques Wagner, Antônio Palocci, Erenice Guerra; o ex-assessor pessoal da Presidência Giles de Azevedo; o ex-assessor Delcídio Amaral; o empresário José Carlos Bumlai; o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli; e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto.
A investigação relacionada ao PMDB do Senado ficará inicialmente com 9 investigados, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL); os senadores da sigla Edison Lobão (MA), Romero Jucá (RR), Valdir Raupp (RO) e Jader Barbalho (PA) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
Por fim, o inquérito do PMDB na Câmara tem 15 pessoas no alvo, entre eles o deputado cassado Eduardo Cunha e um grupo de parlamentares considerados aliados ao peemedebista; o ex-ministro Henrique Eduardo Alves; e o banqueiro André Esteves. (Com Estadão e Valor online)