Chegou a vez do ex-senador Gim Argello. A Justiça Federal o condenou, nesta quinta-feira (13), a 19 anos de prisão, inicialmente, em regime fechado em ação da Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação.
Trata-se da primeira condenação de Argello na operação. O ex-senador havia sido absolvido do crime de organização criminosa. O dinheiro da indenização, de acordo com o juiz federal Sérgio Moro, deve ser convertido ao Congresso Nacional.
Foi decretado por Moro o confisco de até R$ 7,350 milhões de Argello. Segundo o juiz federal, devem ser bloqueados R$ 46.578,06 de contas correntes e imóveis por ele adquiridos e transferidos para a empresa Solo Investimentos e Participação Ltda. até alcançar a quantia de R$ 7,350 milhões.
E não foi só Argello nessa última estocada. Os empreiteiros, que aparecem como réus em outras ações da Lava Jato, também foram condenados a prisão em regime inicialmente fechado. Moro absolveu cinco dos acusados neste processo, de todos os crimes denunciados, por falta de provas.
Confira a lista dos envolvidos na ação:
– Jorge Afonso Argello (Gim Argello) – ex-senador pelo PTB – 19 anos por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa;
– Jorge Afonso Argello Junior – filho do ex-senador – absolvido;
– Paulo César Roxo Ramos – assessor do ex-senador – absolvido;
– Valério Neves Campos – ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal – absolvido;
– José Aldemário Pinheiro Filho (Léo Pinheiro) – ex-presidente da construtora OAS – 8 anos e dois meses de reclusão pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa;
– Roberto Zardi Ferreira – diretor de Relações Institucionais da OAS – absolvido;
– Dilson de Cerqueira Paiva Filho – executivo ligado à OAS – absolvido;
– Ricardo Ribeiro Pessoa – dono da construtora UTC – 10 anos e seis meses de reclusão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa;
– Walmir Pinheiro Santana – ex-diretor financeiro da UTC – 9 anos, oito meses e 20 dias de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa.