O Instituto Médico Legal (IML) de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo já não tem mais condições de receber corpos em decorrência dos crimes verificados no último final de semana. Foram registrados cerca de 75 mortes desde o final de semana.
Inclusive, nesta terça-feira (7), não havia espaço na geladeira. Há corpos espalhados pelo chão. Familiares aguardam as liberações para realizarem velórios e enterros. Em certos casos, houve demora de sete horas para remoção dos corpos dos locais onde ocorreram os assassinatos. Consequência da demanda registrada pela Polícia Civil.
Pelo menos 250 homens das Forças Armadas estão distribuídos 10 terminais de ônibus, e em principais pontos comerciais na região metropolitana do Espírito Santo, segundo as autoridades políciais. No entanto, o restante do estado não tem o reforço de segurança nem das Forças Armadas e tampouco da Força Nacional de Segurança.
Em entrevista coletiva à imprensa, nesta tarde, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia e o comandante da Polícia Militar do estado, coronel Nilton Rodrigues, garantiram que, até o final do dia, cerca de 1.200 homens do contingente das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança realizarão o policiamento na região da Grande Vitória.
André Garcia classificou a situação de esposas de militares impedirem os policiais de saírem para trabalhar de “vexatória”. Segundo ele, a sensação é que a PM do Espírito Santo pode ser paralisada com manifestação de “duas cadeiras de plástico nas portas dos batalhões da PM”. Familiares e amigos de policiais participam do protesto.
O secretário de segurança também já disse se tratar de uma “greve branca”. Segundo parece da Justiça, trata-se de ato inconstitucional. Foi determinada multa de R$ 100 mil caso os policiais não retornem ao trabalho. Atualizada às 18h12.