A tese de que pode ficar pior se não houver a reforma da Previdência continua advogada pelo próprio presidente Michel Temer. E o ficar pior significa no país ganhar vulto a crise financeira vivenciada pelos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Os três estados decretaram calamidade financeira no ano passado. A tese foi repetida por Temer em entrevista a Jorge Bastos Moreno, na CBN, nesta sexta-feira (10). Segundo Temer, a reforma previdenciária poderá ainda alavancar o nível de emprego. O governo federal e o ministro Henrique Meirelles vem afirmando que é a reforma ou o pais não sairá do burcado.
A questão política é o entrave no Congresso Nacional. O relator da reforma na Câmara, deputado Arthur Maia, não só ontem, mas, desde o ano passado, alardeia que a proposta do governo não passa da forma como está. Para Maia, alterações terão de ser feitas imprescindivelmente.
Temer aproveitou para negar que o peemedebista Eduardo Cunha influencie o governo federal. Foi o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) que nesta semana insinuou participação dele na escolha de ministros.
Em agenda positiva, no início da tarde sexta-feira (10), Temer esteve no município de Sertânia, em Pernambuco, na abertura das comporta do reservatório de Campos, uma das obras da transposição do São Francisco. Mais tarde, acompanhou a chegada das águas da transposição na cidade de Monteiro, na Paraíba.