As incertezas do que vem depois

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A melhora da situação do Brasil após a Operação Lava Jato “vai depender não apenas de quem cair, mas de quem vem depois”, afirma o jornal britânico The Guardian em sua edição desta quinta-feira.

A avaliação ocorre no mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano ante o último trimestre de 2016, após dois anos consecutivos de queda. No entanto, é difícil saber se os próximos resultados seguirão nessa linha.

Em uma reportagem especial de três páginas, com o título ‘Será esse o maior escândalo de corrupção de todos os tempos?’, o jornal apresenta a operação Lava Jato, deflagrada há três anos e que revelou uma “vasta e intrincada rede de corrupção política e empresarial e pôs a vida de uma nação de ponta-cabeça”.

Segundo o Guardian, enquanto muitos acreditam que a operação tornará o Brasil “mais eficiente”, dirigido por “políticos mais limpos e respeitadores da lei“, existe o risco de que o processo “abale a frágil democracia” do país e abra caminho “para uma teocracia evangélica de direita ou um retorno de um governo ditatorial”. O jornal não cita nomes de possíveis novos líderes nesses cenários.

O Guardian também comenta que grandes empresas e políticos conhecidos foram “totalmente desacreditados” e que eleitores agora têm dificuldade “de encontrar alguém em quem pudessem confiar”. Com isso, “não só o establishment está cambaleando, mas toda a república” brasileira.

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