O senador Aécio Neves (PSDB-MG) preferiu fica no mesmo do mesmo em seu discurso do retorno às atividades parlamentares depois de 48 dias. Na verdade, pouco se esperava de um parlamentar enrolado com denúncias graves de recebimento de propina e tráfico de influência.
Espera-se, no mínimo, uma desculpa ou algo bem mais propositivo diante de uma crise política monumental. Preferiu, no entanto, adular o governo que representa e a elogiar os colegas que o defenderam das acusações.
Aécio Neves preferiu uma defesa sem desculpas. ´ “Não cometi crime algum. Não aceitei recursos de origem ilícita. Não prometi ou ofereci vantagem ilícita a ninguém”, disse. “Errei também e por isso me desculpei vocabulário que não me é comum”.
Para evitar constrangimentos maiores, a fala foi encerrada com um tímido aplauso de aliados e, em acordo com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), não foram autorizadas falas no meio do discurso de Aécio, evitando ataques da oposição.