O procuradoria-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou hoje (25) os peemedebistas ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), além do senador Valdir Raupp (RO), e os ex-parlamentares José Sarney e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, no âmbito da Operação Lava Jato.
Nos casos de Renan Calheiros e do deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), trata-se de recebimento de propina nos contratos da Transpetro, braço logístico da Petrobras.
Defensor de Jucá e do ex-senador Sarney, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, sustentou que denúncia de Janot contra os seus clientes é “demonstração clara de um procurador em final de carreira que quer se posicionar frente à opinião pública”.
Segundo Kakay a denúncia, se baseia em delação que foi desmoralizada, a Sérgio Machado. E “não há motivo pra fazer essa denúncia, tecnicamente falando”. Na visão de Kakay, o que existe é a palavra de um “delator desmoralizado”. “Um delator que, ele sim, talvez tenha cometido crime ao gravar ilegalmente de forma imoral o senador Sarney e o senador Jucá. Então eu reputo isso mais a uma despedida do doutor Rodrigo Janot”, disse o advogado.
Para Kakay, o procurador-geral da República não denunciou quase ninguém durante todo o seu mandato. O advogado crê que, agora, Janot vai denunciar todos os inquéritos, com ou sem indícios. O que classificou de “absolutamente lamentável”.
Todos negam irregularidades e desmentem teores das delações premiadas.

