O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira (2), que é preciso apresentar à sociedade a realidade do que é o crime organizado no Brasil. Mas pelo jeito, deve ser com outras palavras, diferentemente do jeito que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, fez.
Jungmann afirmou que “aqueles que formam opinião devem convergir para a necessidade que tem o Estado brasileiro de cuidar para que a situação não se agrave ainda mais”.
É o tal negócio, se já está pior não se deve piorar mais. “O que posso afirmar é que Torquato Jardim disse que as afirmações que ele tinha feito eram pessoais, então vou me abster de comentar as declarações dele”, ressaltou ele em entrevista à Jovem Pan.
O ministro declarou que não generalizaria sobre policiais do Rio de Janeiro.“PMs, não apenas do RJ, mas de outros Estados que vivem na proximidade do crime, eu diria que franjas dessas corporações tendem a ser cooptadas pelo crime”. Jungmann também foi cauteloso ao dizer que não se pode “satanizar” o Rio de Janeiro.
Torquato, com outras palavras arguiu que o que ele falou — policiais são sócios do crime organizado no Rio — é público e notório para alguns. Mas inverter o ônus da acusação de que teria um deputado federal envolvido, sem citar o nome, e desafiar que se prove que ele está errado é despropositado.