O ninho tucano ficou bem mais tumultuado nesta tarde com o retorno do senador Aécio Neves (MG) à presidência nacional do PSDB. Ele destituiu o senador Tasso Jereissati que estava na interinidade no cargo e que já anunciou que é candidato na convenção do partido em dezembro próximo.
Aécio disse em carta a Jereissati que o objetivo da medida foi “garantir a desejável isonomia entre os postulantes” e “conduzir com imparcialidade a eleição” do partido. No texto, Aécio também agradece o senador por ter aceito ser presidente interino e deseja “sorte em seus futuros projetos”.
Aécio destituiu Jereissati, mas indicou para o cargo Alberto Goldmann, um ex-peemedebista próximo ao senador José Serra (SP). Este seria adversário do governador Geraldo Alckmin (SP), que é pré-candidato à Presidência da República e um pretenso candidato à presidência do partido numa composição para apaziguar os ânimos tucanos.
O racha no partido poderá ter consequências, como uma revoada de parlamentares para outros partidos. Como há uma janela partidária para transferências partidárias, não seria surpresa se os chamados “cabeças pretas” fossem os primeiros a desembarcar do ninho.