Em campanha, Lula dissimula herança maldita petista

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Texto de Maurício Nogueira

Já que os ministros do presidente Michel Temer não aproveitam para colocar a boca no trombone todos os dias, apontando os reais reflexos da herança maldita dos governos petistas pela atual situação econômica, como a violência, o ex-presidente Lula da Silva surfa na onda em discursos para continuar dissimulando responsabilidade. Claro, só realça as conquistas dos trabalhadores e que irá “voltar”.

Lula fez questão de ressaltar, hoje, que terá vitalidade de 20 anos para encarar a campanha eleitoral. Talvez, por isso, tenha usado uma camiseta preta em parte da performance no palanque eleitoral, deste sábado (18). Teria tido a intenção de aparentar jovialidade?

Em mais um capítulo da campanha eleitoral antecipada, desta feita, em Diadema, em São Paulo, o ex-presidente e pré-candidato Lula da Silva (PT), durante discurso para militância, associou a insegurança pública à pobreza e à miséria. E claro, atribuiu ao presidente Michel Temer toda a responsabilidade pelo desemprego, por exemplo. 

“Essa violência que a gente vê todo dia na televisão aumentando, parte dela é por conta do desemprego, é por conta da miséria. A gente vê trabalhador matando o outro por um desgraçado de um celular, por um desgraçado de um tênis, por uma desgraçada de uma blusa, e nós vamos fazer esse povo voltar a ter direito”, disse referindo-se à sua candidatura.

Voltou a utilizar o “eles”, classe política dominante, contra os pobres.  “Para eles, pobres não têm que comer bem, não têm que vestir bem, não têm que passear, e nós queremos comer bem, queremos vestir bem, queremos passear e queremos ter as nossas coisas”, enfatizou o ex-presidente.

Para contrapor à violência e repisar resultados de sua gestão, o petista exaltou conquistas do povo em seus dois mandatos. “A gente tinha orgulho de ser brasileiro”, disse. “Até aprendemos a gostar de um churrasquinho com uma picanha e uma cerveja gelada.”

Com o argumento de que os trabalhadores brasileiros têm que usar o direito de ter o melhor, citou mais uma alusão ao “retorno” ao poder, como presidente eleito pela terceira vez. “E é por isso, companheiros, que eu estou disposto a voltar.”

Lula não poupou as elites políticas como em todos os discursos de sua cruzada pela Presidência da República. Ele citou assalto feito por uma parte da “elite brasileira no Congresso Nacional que vai tentar desmontar tudo”. E prosseguiu: “Se o PT quiser e o povo brasileiro quiser eu vou voltar a ser presidente.”

Uma das frases que a militância já está com os ouvidos calejados de ouvir foi está pérola. “Uma coisa que eu aprendi com vocês e eles nunca vão aprender é cuidar do povo mais pobre desse País.” Nenhuma palavra sobre a quebradeira da Petrobrás. Nem lembrar que Dilma Rousseff foi ministra de Minas e Energia antes de ser presidente.

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