O alvo principal da nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta manhã, é um ex-gerente da Transpetro, subsidiária da Petrobras, suspeito de receber R$ 7 milhões em propina e de fazer repasses ao PT, informaram a PF e o Ministério Público Federal. O ex-gerente José Antonio de Jesus da Transpetro, investigado pela chamada operação Sothis se desligou da subsidiária da Petrobras recentemente, informou o MPF.
Os repasses teriam ocorrido de setembro de 2009 a março de 2014 e foram revelados a partir de acordo de colaboração premiada de executivos da empresa de engenharia responsável pelos pagamentos, que não foi identificada pelas autoridades.
As investigações sobre o esquema de corrupção na Transpetro já resultaram em denúncias da Procuradoria-Geral da República contra políticos, como os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), com base na delação premiada do ex-presidente da estatal, Sérgio Machado.
“Houve um esquema político-partidário contínuo e duradouro na Transpetro, como na Petrobras. Os crimes praticados na Transpetro são uma nova frente de investigações da Lava Jato, em expansão“, afirmou o procurador da República Athayde Ribeiro Costa em comunicado, informou a Reuters.
“Este valor foi pago mensalmente em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT), de modo independente dos pagamentos feitos pela mesma empresa a pedido da presidência da Transpetro, e que eram redirecionados ao PMDB”, afirmou a Procuradoria da República no Paraná em comunicado.