Coincidência ou não, mais uma vez o pedido de soltura do empresário Jacob Barata caiu na mesa do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Mendes foi padrinho de casamento do filho do empresário envolvido em graves denúncias de pagamento de propina no governo do Rio de Janeiro.
Coincidência ou não, Gilmar Mendes concedeu um terceiro habeas corpus que coloca novamente em liberdade o seu amigo.
Além de Barata, foi solto o ex-presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor), Lélis Marcos Teixeira. O ministro considerou que as ordens de prisão preventiva, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) e da 7ª Vara Federal Criminal, estavam confrontando habeas corpus que já havia sido deferido anteriormente, por ele mesmo, a Barata.
Barata e Lelis foram presos no dia 14 de novembro, no âmbito da Operação Cadeia Velha, um desdobramento da Lava Jato, que investiga o pagamento de propinas pelas empresas de transporte a políticos.