Na sessão desta noite, o Tribunal Superior Eleitoral deu carta branca para Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PSC) e tantos outros pré-candidatos que já estão em campanha aberta para as eleições de 2018. A Corte julgou improcedente as representações do Ministério Público Eleitoral (MPE) contra os candidatos e a Google Brasil Internet de veiculação no Youtube de vídeos com suposta propaganda antecipada.

Os ministros fecharam os olhos para o que está acontecendo com os dois candidatos, por coincidência com os melhores índices nas pesquisas eleitorais até aora divulgados.

O relator do caso de Lula da Silva, ministro Admar Gonzaga afirmou que no vídeo, com imagens de Lula da Silva e áudio, não há menção à eleição, nem à candidatura e nem pedido explícito de voto. Divergiram do entendimento do relator, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, Luiz Fux e Napoleão Nunes Maia. Ao votar, o ministro Gilmar Mendes afirmou que houve pedido explícito de voto no vídeo. “Não há nenhuma dúvida, a meu ver, em relação a esse propósito”, disse ele.

No caso de Jair Bolsonaro, seguiram o relator Admar Gonzaga, os ministros Jorge Mussi, Tarcisio Vieira de Carvalho Neto e Luiz Fux. Ficaram vencidos a ministra Rosa Weber e o presidente da Corte, Gilmar Mendes.