No meio dessa semana já se discutia o dia da posse do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) na Secretaria de Governo. A data discutida era entre segunda e terça-feira. Com o pedido de demissão do ministro Antonio Imbassahy (PSDB) nesta sexta-feira (e aceito), fica bem mais fácil para o presidente Michel Temer (PMDB) definir a data de posse.
Marun, no Palácio do Planalto, amplia o entendimento de parte dos integrantes do Centrão, que estava reticente em votar a reforma da Previdência Social. Imbassahy facilitou essa articulação ao sair do governo, mas não se sabe como ficará o PSDB, que hoje e amanhã faz a convenção para formalizar a eleição do novo diretório Nacional.
Imbassahy é o segundo dos quatro ministros tucanos a pedir demissão em meio a uma crise dentro do PSDB. O primeiro foi o deputado de Pernambuco, Bruno Araújo, que estava no Ministério das Cidades. Em carta ao presidente, Imbassahy disse que vai reassumir a vaga de deputado na Câmara e prometeu acompanhar o governo nas votações.
“Fazer parte do seu governo foi, para mim, uma honra. Atuar na articulação política em um período de radicalização pós-impeachment, com uma grande fragmentação partidária, em meio a enormes dificuldades econômicas e fiscais, representou um grande desafio”, disse o ministro demissionário.