A oposição já anunciou dura obstrução contra a votação da reforma da Previdência e programou um “enterro simbólico” da medida diante da dificuldade do Planalto e aliados em obter os votos necessários para aprová-la, mas a recente estratégia do governo de fazer concessões no texto envolvendo pensão integral a cônjuges de policiais mortos em serviço ligou um sinal de alerta, avaliou uma liderança que se opõe à medida, escree Maria Carolina Marcelo, da Reuters..
Na avaliação desse parlamentar, a manobra –legítima– pode ecoar entre os deputados envolvidos com as categorias em questão, já que a Câmara, que já é muito influenciada por demandas cooporativistas, fica ainda mais sensível a essas pressões em ano eleitoral.
Para ele, a “jogada” pode resultar em um aumento de alguns pontos no placar do governo, que batalha para obter os necessários 308 votos, dentre os 513 deputados, para aprovar a medida em dois turnos de votação na Câmara.
A avaliação, no entanto, repercutiu de maneira diferente entre líderes da base do governo, que não consideraram a novidade suficiente para reverter a atual perspectiva negativa –o governo diz contar com cerca de 270 votos e tenta convencer entre 40 e 50 indecisos.