A CPI da Pedofilia da Câmara Legislativa do Distrito Federal (DF) identificou uma rede de abuso sexual de adolescentes por meio de troca, armazenamento e disponibilização de imagens e vídeos na internet. Foram encontrados 145 grupos com até 200 participantes envolvidos na disseminação de fotos de meninos e meninas em atos sexuais.
O Misto Brasília transmitiu ao vivo a entrevista coletiva – reveja ao lado
A informação foi prestada pela CPI nesta quinta-feira (18), em entrevista coletiva. A ação, que começou há seis meses, é parte da segunda etapa da Operação Erástes, que investiga o compartilhamento e divulgação de pornografia infantil em redes sociais na web. A CPI conduz as investigações.
Depois da identificação dos grupos e participantes, a operação apreendeu, no início do mês, 15 aparelhos celulares de administradores de grupos. Os telefones serão periciados para identificar se houve armazenamento e transmissão de imagens e vídeos, práticas caracterizadas como crime. Caso sejam constatadas essas condutas, as provas serão repassada à Polícia Civil para indiciamento dos responsáveis.
O delegado Haandel Fonseca, à frente das investigações da CPI, informou que a polícia vai investigar também outros participantes dos grupos para verificar se há indícios de atividades ilícitas que possam levar à inclusão deles entre os denunciados. “Vamos dar sequência às investigações, pois há relatos de que integrantes participam de vários grupos de troca de imagens com conteúdo sexual”.
O presidente da CPI, deputado Delmasso (PRB), informou que a comissão deve entregar o relatório final até o fim do ano e destacou as ações realizadas. “Esta CPI fez operações de busca e apreensão em busca de provas para possíveis indiciamentos. O relatório deve trazer informações novas e importantes de denúncias de crimes de abusos sexuais de crianças e adolescentes, um crime subdenunciado”, disse.(Da ABr)