Ainda poucos meses atrás, Zuzana Čaputová era uma desconhecida para a maioria de seus compatriotas. Quando começou a se destacar nas pesquisas de opinião, no início de 2019, os políticos governistas passaram a difamá-la: “candidata de orientação não normal”, “produto do marketing da mídia”, “garota inexperiente”.
No entanto, agora a advogada, ativista dos direitos cidadãos e novata da política de 45 anos de fato conseguiu: ela é a nova presidente da Eslováquia, como primeira mulher no cargo na história do país, tendo obtido 60% dos votos, cerca de 20 pontos porcentuais a mais do que seu concorrente, Maroš Šefčovič, o comissário da União Europeia para a Saúde.
Um ano após a morte do jornalista investigativo Ján Kuciak e sua noiva Martina Kušnírová, essa vitória é um sinal claro de que a esmagadora maioria do eleitorado exige uma guinada decisiva em direção a “um país decente”, segundo reza o slogan dos ativistas civis. (Da DW)